sábado, 29 de junho de 2013

Time - O amor contra a passagem do tempo.

Sabe quando você assiste ao trailer de um filme e fica extasiada(o) com o que vê, ficando sem palavras para descrever o que sentiu? Tive esta sensação instigante quando vi o trailer do filme Time - O amor contra a passagem do tempo (Shi gan) sob direção do sul-coreano Kim Ki-Duk.


Felizmente, quando assisti o filme, todas as minhas expectativas foram superadas. A história é um pouco mais estranha do que aparenta no trailer, o que me agrada absurdamente, pois filmes que brincam na linha entre a aceitável e o bizarro são os que mais me chamam a atenção.

O filme nos conta a história de Seh Hee e Ji Woo, um casal que passa por uma crise no relacionamento, agravada pela insegurança de Seh Hee, pois se acha sem graça e acredita que este fato faz o namorado olhar para outras mulheres. Cansada de se sentir insegura, ela termina o relacionamento e planeja uma mudança. O que ela não havia premeditado, era que essa mudança daria um fim trágico a essa história de amor.

 
O amor de Seh Hee é extremo, é tão passional que você acaba criando uma certa afinidade por essa mulher desesperada, e acredito que seja este fato que me fez gostar tanto deste filme, pois ele deixa implícita a seguinte questão: "O que você seria capaz de fazer por amor?".

Uma dica: caso assistam, prestem muita atenção a primeira e a última cena, talvez vocês fiquem tão ou mais extasiados que eu com a conexão de fatos que foi feita.

Espero que tenham gostado.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Grande Gatsby (1974).

Olá pessoal, tudo bem com vocês???

Há, na história do cinema, algumas obras que ultrapassam gerações e que sempre serão lembradas, seja por suas atuações memoráveis, pelo roteiro bem construído e pelo contexto histórico. Em minha humilde opinião, O Grande Gatsby (The Great Gatsby), lançado em 1974, está entre estes grandes filmes que merecem nossa eterna atenção.

O filme foi baseado na obra do grande escritor americano F.Scott Fitzgerald. Publicada em 1925, não teve sua devida atenção devido os tempos nebulosos que viriam (Crise de 1929 e 2ª Guerra Mundial). Entretanto, em 1945 o romance foi republicado e atingiu seu sucesso, sendo considerado o grande romance americano. Fitzgerald fazia parte de um grupo de grandes escritores, entre eles, Ernest Hemingway, James Joyce, Gertrude Stein entre outros que eram apelidados de Geração Perdida. Tratava-se de um grupo de escritores que viviam pra Paris nos efervescentes anos 20, onde dividiam o espaço do salão com bandas de jazz e com as melindrosas. Este período foi denominado como A Era do Jazz e retratado em livros de Hemingway: "Paris é uma Festa" e "O Sol também se levanta".

Se vocês ainda não desistiram de me acompanhar nas divagações, acreditem, elas não são tão sem sentido quanto aparecem ser...

O filme nos apresenta o triângulo amoroso entre o misterioso Jay Gatsby, Daisy Buchanan e Tom Buchanan (interpretados respectivamente pelo magnífico Robert Redford, Mia Farrow e Bruce Dern) no tórrido verão de 1922, regado dos excessos da alta sociedade norte-americana, ciúmes e infidelidades que os afetarão de forma trágica. O filme é interpretado primorosamente por Redford, Farrow e Dern, mas os atores coadjuvantes também nos encantam com suas belas interpretações.

Mas o que este filme tem de tão espetacular? Vocês devem estar se perguntando, e eu lhes digo que são vários os motivos. As cenas das festas promovidas por Gatsby são exatamente o que minha imaginação almejava em relação a boêmia Era do Jazz, todo o seu glamour, seus excessos, sua passionalidade são retratadas de forma de forma instigante.

O romance entre Daisy e Gatsby é retratado de uma forma bela e única, como se o amor dos dois fosse a única coisa que valia ser a pena salva em todo aquele mundo de orgulho, egoísmo e futilidade...


O figurino utilizado também merece nossa atenção, ele é extremamente fiel ao utilizado nos anos 20, o que o torna mais especial.

Vela citar que o lançamento de O Grande Gatsby em 1974 contrabalanceou a safra de lançamento de filmes deste ano, como os clássicos O Poderoso Chefão - Parte II, A Conversação e Chinatown, com temáticas totalmente diferentes.

E quanto a versão de 2013, vocês já a assistiram?

Espero que tenham gostado.

Beijos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

El galán argentino.

Olá pessoal, tudo bem??

Tive gratas surpresas, quando há 3 anos atrás, assisti a um filme argentino chamado "Nove Rainhas (título original: Nueve Reinas). A primeira surpresa era que eu já havia visto algo igual, só não me recordava o quê exatamente. Foi aí que pesquisando, verifiquei que a lembrança quase inexistente se tratava do filme norte-americano 171, lançado em 2004, que era um remake do Nove Rainhas que fora lançado em 2000. A segunda surpresa, era justamente pelo fato do filme ser latino-americano. Eu (que me envergonho absurdamente do que direi a seguir) não gostava do cinema latino, simplesmente por ter me frustrado com meia dúzia de filmes que não atingiram minhas expectativas. A terceira e melhor surpresa, foi conhecer um ator, ou melhor, um ator não, o ator, Ricardo Darín. Vocês entenderam minha fascinação e satisfação nas próximas linhas...
http://conexaobuenosaires.wordpress.com

O até então desconhecido ator Ricardo Darín (desconhecido para mim, pois ele já havia conquistado uma carreira de sucesso) me encantou com sua atuação rica, sagaz de um malandro que acaba caindo nas graças do público. Foi aí que notei o quanto injusta eu havia sido generalizando a falta de qualidade do cinema latino. O cinema latino-americano tem sua relevância e vem provando isso nos últimos anos.

À partir daí, tive outras gratas surpresas com a atuação deste magnifico ator. Citarei as mais relevantes em minha opinião e farei somente um breve resumo, senão o post ficará demasiadamente grande.

- Nove Rainhas: Como citei, foi o primeiro filme dele que assisti. O roteiro foi utilizado para a realização do filme 171, mas não foi tão bem interpretado, a versão americana é menos interessante que a argentina e os atores não convencem, com exceção da Maggie Gyllenhaal.

 - El Aura: Darín interpreta um taxidermista tímido que sofre de epilepsia, mas ele tem um sonho, realizar o crime perfeito. Este é o que menos me impressionou, não tem tensão suficiente para um suspense.



- O Filho da Noiva: Belíssimo filme que conta a história de um homem bom, mas amargurado com o rumo que tomou sua vida. Após sofrer um infarto, passa a rever suas escolhas, e tudo muda quando seu pai lhe pede ajuda para um plano inusitado. Concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2002, perdendo para O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, com Audrey Tautou.



- O Segredo dos Seus Olhos: Um crime bárbaro aflige um investigador por 25 anos, inspirando-o a escrever um livro. As lembranças sobre o caso lhe trazem a angústia de um amor que não poderia ser vivido. Filme emocionante, ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010. Traz um belíssimo take de um jogo entre o Racing e o Huracán. Há também o mistério que envolve uma palavra, TEMO...


- Um Conto Chinês: Comédia sobre um homem rabugento que tem uma loja de ferragens e coleciona notícias absurdas. Sua vida muda quando um chinês que não sabe falar uma só palavra em espanhol cai aos seus pés na rua. Ele sente-se na obrigação de ajudar o chinês a encontrar seu único parente vivo, que mora na Argentina.

 - XXY: Drama sobre uma família que muda com muita frequência para não expor seu filho Alex, que é hemafrodita. Um casal de amigos vai visitá-los e leva seu filho adolescente. A tensa relação entre o adolescente e Alex desencadeará em mudanças nas vidas de todos envolvidos. O tema é original e o roteiro idem, as atuações dos atores é mediana, com exceção de Darín, que salva o filme interpretando o pai de Alex.

Ricardo Darin já atuou em 4 filmes do diretor Juan José Campanella (também argentino), 2 citados acima (O Filho da Noiva e O Segredo dos Seus Olhos) e El Mismo Amor, La misma Lluvia e Luna de Avellaneda.

E vocês, já assistiram a algum outro filme do Ricardo Darín que tenha impressionado?

Beijos

Primeiro Post...

Olá pessoal, tudo bem??

Este é o meu primeiro post neste Blog, que foi criado para que possamos compartilhar informações sobre essa arte tão magnífica e extraordinária que é o Cinema. Arte que nos desperta fascinação e nos seduz cada vez mais.

Espero que gostem e que compartilhem suas opiniões aqui, para que possamos conhecer um pouco mais sobre este rico tema.

Para começar com chave de ouro, aqui vai uma citação de um dos maiores gênios do cinema, Jean-Luc Godard.

"O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco."

Beijos