terça-feira, 16 de julho de 2013

Donnie Darko.

28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos. É quando o mundo acabará...Com este diálogo, começa a aventura de Donnie Darko, rumo ao desconhecido, rumo ao seu destino.

Final de 1988. Donnie Darko (Jake Gillenhaal) é um jovem extremamente inteligente, porém insociável. Ele sofre de sonambulismo e, por isso, toma remédios para controlar seu estado, indicados por sua psiquiatra. Donnie não segue o tratamento e passa a ter visões de um coelho gigante, chamado Frank, que após salvar sua vida, lhe diz que o mundo acabará. Com isso, Frank incita-o a fazer coisas aparentemente sem sentido, mas tudo tem um motivo...
cinemadan.com

Em paralelo a tentativa de Donnie de descobrir o motivo de estar tendo estas visões, há a tensão familiar devido seu estado mental, pois ele demonstra alguns traços de esquizofrenia. 

Donnie está envolto, em sua escola, por uma série de personagens com características bem distintas. O jovem casal de professores liberais Karen Pomeroy (Drew Barrymore) e Kenneth Monnitoff (Noah Wyle), que são carismáticos e se afeiçoam aos seus alunos. Jim Cunningham (Patrick Swayze) um homem dissimulado que prega um programa de mudança de comportamento. Kitty Farmer (Beth Grant) uma professora intransigente e extremamente conservadora, entre outros.

Em sua busca pela verdade, Donnie se vê envolvido com uma velha eremita, teorias de viagem no tempo e com uma garota de sua escola, a bela Gretchen Ross, que o ajudará em sua busca por respostas.
intratecal.wordpress.com
Donnie Darko foi lançado em 2001 e conta com um elenco de estrelas. Drew Barrymore (que além de atuar, produziu o filme), Jake e Maggie Gyllenhaal, Patrick Swayze, Noah Wyle, entre outros, atuam neste aclamado clássico cult. O filme foi escrito e dirigido por Richard Kelly, que apesar de ser um estreante no mercado cinematográfico, escreveu-o e dirigiu-o de um modo fantástico e magnífico.

Além dos atores mais aclamados citados, há os atores estreantes, que posteriormente viriam a fazer sucesso, seja no cinema, seja na música. São eles:
 
- Seth Rogen: Ator canadense que atua em filmes de fantasia e comédia como As Crônicas de Spiderwick, Ligeiramente Grávidos, O Virgem de 40 Anos, Superbad, entre outros.

- Daveigh Chase: Atriz americana. Daveigh interpretou a inofensiva Samantha, irmã de Donnie Darko, e 1 ano depois, interpretou a tão temida Samara de O Chamado.

- Alex Greenwald: Ator, modelo e músico americano. Fez sucesso posteriormente, com a banda Phantom Planet, cujo maior sucesso é a canção California, música usada como tema da série adolescente The O.C.

A trilha sonora, sabiamente escolhida para o filme, contribui para que fiquemos imersos neste clima nostálgico. Canções como The Killing Moon do Echo and The Bunnymen (Lembra do coelho do filme?Coincidência?), Notorious do Duran Duran e Love Will Tears Us Apart do Joy Division, entre outras, nos transportam, mentalmente, para os anos 80.

Sem mais palavras, é um ótimo filme. Não é grandioso, mas quem diz que um bom filme tem que ser? Seu conteúdo é original, é obscuro. Mesmo não estando em evidência, recomendo que assistam a este clássico...

Beijos!!!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Daniel Day-Lewis.

Há alguns anos, li um maravilhoso romance do checo Milan Kundera, chamado A Insustentável Leveza do Ser. Fiquei feliz ao saber que fora realizado um filme inspirado neste livro e consegui assistir ao tão esperado trabalho. Foi uma grata surpresa, quando vi que o personagem principal, Tomas, fora interpretado pelo ator britânico Daniel Day-Lewis, pelo qual nutri uma profunda simpatia, depois de vê-lo atuando em O Último dos Moicanos, As Bruxas de Salém e Gangues de Nova York.


Agora, falarei resumidamente sobre filmes de Daniel Day-Lewis que assisti. Espero que o texto consiga expressar a minha admiração por este ator fenomenal.


 - A Insustentável Leveza do Ser (The Unbearable Lightness oh Being): Lançado em 1988, sob direção de Philip Kaufman. O filme nos conta a história de um triângulo amoroso, formado por Tomas (Daniel Day-Lewis), Teresa (Juliette Binoche) e Sabina (Lena Olin) em meio a tensão política instaurada em Praga nos anos 60. Ficou conhecido pela cena sensual, em que Lena Olin posa para Juliette Binoche. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Fotografia e Roteiro Adaptado.

  - Meu Pé Esquerdo (My Left Foot): Meu favorito. Trata-se de um drama, baseado na autobiografia de Christy Brown, deficiente físico que utilizava seu pé esquerdo, único membro do corpo que conseguia controlar, para se expressar artisticamente, tornando-se escritor e artista plástico. Lewis retratou a deficiência de Brown de uma forma sensível e emocionante. A magnífica atuação de Daniel Day-Lewis rendeu-lhe o Oscar de Melhor Ator, assim como o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Brenda Fricker . O filme ainda foi indicado a outras 3 categorias: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Diretor (Jim Sheridan). O diretor voltou a dirigir Lewis no filme Em Nome do Pai, lançado em 1993. O filme repetiu a façanha de Meu Pé Esquerdo e foi indicado novamente para as mesmas categorias. Concorreu também ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Edição. Podemos dizer que a parceria Sheridan-Lewis dá ótimos frutos, não é mesmo?


 - O Último dos Moicanos (The Last of the Mohicans): Lançado em 1992, esta aventura foi baseada no livro de James Fenimore Cooper. Em meio a disputa de terras entre franceses e ingleses, nasce o amor entre Hawkeye, um jovem branco adotado pelos moicanos, e Cora, filha do general inglês. O filme é muito bonito e conta com uma paisagem fascinante.


 - A Época da Inocência (The Age of Innocence): Sob a direção de Martin Scorsese, talvez seja o mais despretensioso dos filmes citados. Acredito que a falta de emoção dá-se por se tratar de uma obra que relata as futilidades de uma sociedade antiquada, mesquinha e manipuladora, onde esconder os sentimentos era crucial para manter as aparências. Lewis interpreta Newland Archer, um jovem advogado carismático e culto, apaixonado por sua noiva, May (Winona Ryder), porém seus sentimentos mudam, quando a prima de sua noiva retorna à Nova York.


 - As Bruxas de Salém (The Crucible): Filme lançado em 1996, baseado na obra de Arthur Miller. O filme narra os eventos que desencadearam os últimos julgamentos por bruxaria na América do Norte. Lewis atua novamente com Winona Ryder.


- Gangues de Nova York (Gangs of New York): O mais comercial de todos os filmes citados. Lançado em 2002, Lewis é novamente dirigido por Martin Scorsese. O filme conta a história de Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio) empenhado na vingança contra o homem responsável pela morte de seu pai. Lewis interpreta o perverso Bill Cutting, um mafioso que influencia a política local. Outra ótima atuação de Lewis. O filme foi indicado a 10 categorias no Oscar de 2003, porém não ganhou nenhuma.


 - Lincoln: Belíssimo filme lançado em 2012, que angariou dois prêmios do Oscar de 2013: Melhor Ator para Lewis e Melhor Direção de Arte. O filme narra a convivência de Lincoln com seu familiares e em paralelo, sua atuação para o fim da Guerra Civil. Interpretações carismáticas de Sally Field e Tommy Lee Jones tornam o filme memorável. Liam Neeson fora cotado para fazer o papel de Lincoln, porém não aceitou o papel.


No total Daniel Day-Lewis já foi premiado 3 vezes pela Academia como Melhor Ator, sendo o prímeiro e único a atingir esta façanha.

Há algum outro filme de Daniel Day-Lewis que vocês já assistiram?

Beijos.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um Estranho no Ninho.

Desde que assisti o filme O Iluminado, pensei comigo mesma: "Nossa, o Jack Nicholson está com cara de louco neste filme!" O comentário fez todo o sentido, já que Nicholson interpreta Jack Torrance, um homem que fica enclausurado com sua família em um hotel no inverno e com o passar dos dias vai enlouquecendo, voltando-se contra sua mulher e filho. Era necessário um ator com poder de interpretação impetuoso, e ele era o ator certo para isso.

À partir daí, comecei a notar que Jack Nicholson tem os trejeitos de louco, até mesmo quando não interpreta um. Exemplo clássico é o personagem George Hanson em Sem Destino (Easy Rider), onde faz um advogado amável. Com este papel, concorreu ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 70, perdendo para Gig Young, que atuou em A noite dos desesperados com Jane Fonda, irmã de Peter Fonda, um dos atores principais de Sem Destino (que coincidência!!!).

Se no papel citado acima, Nicholson não interpretou um louco, no ano de 1975, interpretou um homem que queria se passar por louco (???). Isso mesmo, em 1975, ele interpretou Randall Patrick McMurphy em Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo's Nest) dirigido pelo diretor checo Milos Forman e produzido pelo ator Michael Douglas.
http://www.adorocinema.com/

O filme nos conta a história de McMurphy, um homem agressivo e preguiçoso que se finge de louco para que possa ser transferido para um hospital psiquiátrico, livrando-se assim dos trabalhos da prisão. No início de sua internação, ele confronta a enfermeira chefe Mildred Ratched (interpretada por Louise Fletcher) que trata os pacientes de forma intransigente, assim como os demais funcionários do hospital. O que McMurphy não premeditava era que sua revolta poderia resultar em um fim trágico.

À partir deste conflito, nos são apresentados os personagens que formam o restante do núcleo e nos deliciamos com as maravilhosas interpretações dos iniciantes Brad Dourif, Danny DeVito, Christopher Lloyd e Will Sampson.

http://insolitacasadeartes.blogspot.com.br/

Milos Forman voltou a dirigir Nicholson em A difícil Arte de Amar em 1986 e Danny DeVito em O Mundo de Andy, de 1999. Ele também dirigiu outros grandes filmes como Amadeus e O Povo Contra Larry Flint.


O filme ganhou o Oscar de 1976 nas seguintes categorias: melhor ator (Jack Nicholson), melhor diretor, melhor filme, roteiro adaptado e melhor atriz (Louise Fletcher). Ainda foi indicado nas categorias de fotografia, edição, trilha sonora e melhor ator coadjuvante (Brad Dourif). Outros dois clássicos concorreram ao Oscar de melhor filme neste ano: Tubarão, de Steven Spielberg e Um Dia de Cão, de Sidney Lumet (outro filme espetacular).

E você, qual é sua escolha de melhor filme do Oscar de 1976?

Beijos!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Ninguém é Perfeito (Flawless).

Olá cinéfilos (as),

Considerado um dos melhores atores da atualidade, Robert de Niro representou, por diversas vezes no cinema, personagens instáveis, como Travis Bickle em Taxi Driver, Jake LaMotta em Touro Indomável e Al Capone em Os Intocáveis, entre outras obras. Há também em sua extensa carreira, filmes mais leves, com contexto menos desafiador que o dos filmes citados. Ninguém é Perfeito é um destes filmes...

www.movieposterdb.com
 Lançado em 1999, sob direção de Joel Schumacher (Um Dia de Fúria, Os Garotos Perdidos, Tempo de Matar, entre outros sucessos) e produzido pela TriBeCa Productions (produtora do próprio Robert de Niro), o filme nos conta a história da amizade que nasce entre um policial aposentado chamado Walt (Robert de Niro) com uma drag queen (interpretado por Philip Seymour Hoffman) chamada Rusty.

Walt é um homem humilde e gentil, porém homofóbico, que tem problemas de convivência com seu vizinho, o sensível Rusty, que dá aula de canto para suas amigas e faz shows no clube noturno Femme Fatale.

Após sofrer um derrame, Walt fica com parte do corpo paralisado, ocasionando, além das limitações de locomoção, dificuldade em falar. Então ele procura seu vizinho Rusty, para que este o dê aulas de canto para melhora do seu problema de comunicação.

No início, qualquer respeito parece impossível, pois Walt ataca ofendendo Rusty e este o força para que siga com os exercícios de fala, porém aos poucos Walt vai cedendo, dando espaço para que Rusty possa, além de trabalhar com sua limitação, tornar-se um grande amigo.

http://www.imdb.com/

Não é uma das melhores atuações de Robert de Niro, e nem de Philip Seymour Hoffman (que alíás, foi demasiadamente carismático) , mas vê-los atuando juntos foi uma experiência agradável.

Apesar do filme ser denominado como drama, acho que se enquadra também como comédia. As provocação entre Walt e Rusty são engraçadas e tornam o filme mais interessante do que se fosse tratado somente pela visão do preconceito e do sofrimento de Walt com suas limitações.

Na sua opinião, qual a melhor atuação de Robert de Niro?

Beijos!